Raramente, muito raramente, uma pessoa vai sozinha a uma pizzaria. O número de fatias de uma pizza não é maior que a quantidade de versões para a origem desse que é, seguramente, a mais popular refeição do mundo.
Oficialmente, a pizza, como ela é hoje, nasceu mesmo na Itália, onde tomou forma e fama e se espalhou pelo mundo. Mas seu DNA remonta a épocas quase primitivas. Contam que três séculos antes de Cristo, os fenícios costumavam acrescentar ao pão coberturas de carne e cebola, toucinho ou peixe frito.
O pão fenício era parecido com o pão sírio, redondo e chato como um disco, uma mistura básica de farinha e água (o pão de Abrahão, citado na Bíblia).
No século 11, deu-se a incorporação da Itália ao mito: durante as Cruzadas, no século XI, o pão turco foi levado para o porto italiano de Nápoles. Os napolitanos tomaram gosto pela receita, de início limitada às camadas mais pobres da população, mas aos poucos aperfeiçoada com trigo de boa qualidade para a massa e coberturas mais nobres, especialmente queijo. Nascia, então, a pizza quase como a conhecemos hoje – com a cidade de Nápoles passando à história como seu berço. Faltava só o tomate, introduzido na itália no século 16, vindo da américa, e incorporado como ingrediente tão básico quanto o queijo.
Curiosidade: A mais antiga pizzaria que se conhece fica em Nápoles e foi fundada em 1830, a Port’Alba.
No século 19, os napolitanos deram uma outra grande contribuição à história da pizza: graças à habilidade do primeiro pizzaiolo da história, dom Raffaele Espósito, um padeiro de nápoles a serviço do rei Umberto I e da rainha margherita, nasceu, em 1889, a pizza Margherita – com o tomate, o queijo e o manjericão compondo civicamente a aquarela da bandeira da itália. A rainha apreciou tanto essa versão que dom Raffaele decidiu batizá-la de Margherita.