segunda-feira, 31 de março de 2014

Artigo : Um pouco mais sobre Alex Atala

Boa tarde pessoal!



Como eu havia comentado, irei a cada semana falar um pouquinho sobre os maiores chef's de cozinha do mundo, e é claro que eu não poderia deixar faltar um dos melhores chef's brasileiros: Alex Atala, então, vou falar um pouquinho pra vocês sobre ele: 

       Milad Alexandre "Alex" Mack Atala é um chef de cozinha e restaurateur brasileiro. Eleito chef do ano pelo Guia Quatro Rodas em 2006, o seu restaurante, D.O.M., foi considerado 6º melhor restaurante do mundo e o melhor da América do Sul, lista World’s 50 Best Restaurants de 2013.

       Filho de Milad Atala, Alex nasceu em uma família de classe média de origem palestina, no bairro da Mooca, e foi criado em São Bernardo do Campo. Dotado de um temperamento "determinado, teimoso até", como definiu o seu pai, ele aderiu ao estilo punk rock e, com quatorze anos, deixou a casa dos pais e foi para São Paulo, onde trabalhou como DJ no lendário clube Rose Bom Bom.

      Aos dezoito anos, viajou para a Europa como mochileiro e trabalhou pintando paredes na Bélgica. Por sugestão de um amigo, fez um curso profissionalizante de gastronomia e, em seguida, trabalhou em restaurantes na Bélgica, na França e na Itália, aperfeiçoando seus conhecimentos da arte culinária. Assim, aprendeu inglês, francês e italiano.

      De volta a São Paulo, trabalhou no restaurante Sushi Pasta, porém o sucesso veio quando foi chamado para renovar o cardápio do extinto restaurante Filomena. Por esse trabalho foi eleito o Melhor Jovem Chef pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes Diferenciados. Lá criou uma entrada de alho assado e outros grandes pratos, como manga grelhada com pimenta branca e molho de maracujá. Atala também trabalhou no restaurante 72, antes de inaugurar o Namesa, em 1999, restaurante que ainda serve comidas rápidas na região dos Jardins.

     Poucos meses depois, ele e mais dois sócios abriram o restaurante D.O.M. (acrônimo da locução latina Deo Optimo Maximo).
O D.O.M. tornou-se um sucesso de público e crítica, recebendo diversos prêmios:

-Em 1999, Atala foi eleito Chefe Revelação e o D.O.M., o Melhor Restaurante, pela revista Gula, especializada em gastronomia;

-Em 2000, Atala foi o Melhor Chefe, e o D.O.M., o Melhor Restaurante Contemporâneo, novamente segundo a Gula. O D.O.M. foi também o Melhor Restaurante Contemporâneo, segundo a revista Veja.

-Em 2002, Atala foi novamente considerado o Melhor Chefe, segundo a Veja, e seu restaurante foi mais uma vez escolhido o Melhor Restaurante Contemporâneo, tanto pela Veja como pela Gula.

-Em 2006, o D.O.M. recebeu a classificação máxima (3 estrelas) do Guia Quatro Rodas, além de ser eleito o Chef do Ano pelo mesmo guia e pela revista Veja São Paulo.

-Em 2007, o D.O.M. figurou em 40º lugar na lista dos melhores restaurantes do mundo (San Pellegrino World’s 50 Best Restaurants) e foi incluído no guia organizado pela revista londrina Restaurant.

-Em 2009, o D.O.M. passou à 24ª posição na lista

-Em 2010, passou à 18ª posição, em 2011, passou à 7ª posição.

-Em 2012, chegou à 4ª posição.

Alex é um defensor da culinária regional, como expressa em seu livro Por uma Gastronomia Brasileira, e coloca a culinária amazônica, especificamente a paraense, como base de alguns de seus melhores pratos. Abre o restaurante Dalva e Dito em 2009, mesclando culinária regional com sua técnica impecável.

      Cada vez mais, dizer Atala era dizer Amazónia. O que é que o chef procurou na Amazônia? Uma cozinha brasileira original, pura, indígena? Os ingredientes que representam o Brasil antes da colonização pelos portugueses? Uma Amazónia idealizada?

"Uma das palavras mais conhecidas do mundo é Coca-Cola. O mundo inteiro conhece a garrafa, o mundo inteiro tem a memória de um sabor. Palavra tão conhecida como essa é Amazónia. O mundo inteiro tem uma imagem, ninguém conhece o sabor. Eu tinha um elemento internacional para trabalhar e usei. O Brasil, mais uma vez, pegou e olhou só lá de fora, e depois trouxe aqui para dentro. “Foi o Brasil que se esqueceu de falar do próprio Brasil.

 Historicamente, a cozinha é evolutiva, nunca de maneira ordenada, mas sempre evolutiva.


“A gastronomia nunca descartou nenhuma das fases por que passou, nem de Carême [França, 1783-1833], nem de Escoffier [França, 1846-1935], nem de Point [França, 1897-1955], nem de Bocuse [França, 1926], nem de toda a nouvelle cuisine, e seguirá não descartando nada nem ninguém. Pelo contrário, nós vivemos hoje em um momento mundial onde a gastronomia é cada vez mais generosa, menos competitiva e mais aberta a receber informações da tecnologia ou da antropologia, das ciências exatas e das ciências humanas, e isso faz com que a gente viva uma cozinha de paz, de alegria, de sublimação, de prazer...”


Para quem quiser ver a entrevista que Alex deu à revista Prazeres da mesa segue o link aqui:

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